"Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar...
Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar...
GUARDEI
Sem ter porque
Nem por razão
ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de te mostrar..."
É justo não ter outra alternativa a não ser lutar para esquecer o amor que não se consegue esquecer???
Eu fiquei sem você, mas você também ficou sem mim.
Não tive a chance de me aproximar.
Só o tempo, agora, poderá ser meu aliado.
domingo, fevereiro 21, 2010
quarta-feira, fevereiro 17, 2010
"Quem é que não tem uma louca ilusão e um Quixote no seu coração"
Depois de tantas aventura que partiram de sua imaginação, ele definha e recupera sua concsciência no fim da vida.
Assim morreu um herói que, na sua loucura, foi tão corajoso quanto os verdadeiros heróis da cavalaria, pois se propôs a tornar real sua fantasia.
Hoje me identifco com esta personagem.
Quem nesta vida já teve a coragem de ir atrás do que considerava o ideal para si??
O ideal não passava de ilusão!!
Assim morreu um herói que, na sua loucura, foi tão corajoso quanto os verdadeiros heróis da cavalaria, pois se propôs a tornar real sua fantasia.
Hoje me identifco com esta personagem.
Quem nesta vida já teve a coragem de ir atrás do que considerava o ideal para si??
O ideal não passava de ilusão!!
segunda-feira, junho 29, 2009
You are not alone
AMADO MICHAEL
(Tom Zé)
Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.
Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.
Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.
Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.
II
Da Grécia três te trouxeram Graças
Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.
Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?
Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera.
(Tom Zé)
Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.
Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.
Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.
Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.
II
Da Grécia três te trouxeram Graças
Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.
Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?
Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera.
quinta-feira, maio 21, 2009
A vida é um breve ato ou a vida é bela?
Shakespeare em Macbeth diz:
" A vida é uma sobra errante;
Um pobre comediante, que se pavoneia
no breve instante que lhe reserva a cena, para depois não ser mais ouvido.
É um conto de fadas, que nada significa,
Narrado por um idiota, cheio de voz e fúria".
Devemos pensar sobre a breviedade sem muitas expectativas ou devemos pensá-la tal qual a mensagem deixada pelo personagem do Filme "A vida é bela"?
Para este personagem toda a experiência torne-se significativa para o indivíduo que a vive.
Em "A Vida é Bela", ele se posiciona perante ao mundo demonstrando infinitas possibilidades de agir, de criar, de se experimentar frente às situações mais adversas. Ele dá sentido às situações aparentemente mais brutais atribuindo-lhe um valor transcendental.
Para que o indivíduo se lance desta maneira no mar incerto da existência é necessário que este lançamento tenha um sentido.
Qual é o sentido da sua vida?
" A vida é uma sobra errante;
Um pobre comediante, que se pavoneia
no breve instante que lhe reserva a cena, para depois não ser mais ouvido.
É um conto de fadas, que nada significa,
Narrado por um idiota, cheio de voz e fúria".
Devemos pensar sobre a breviedade sem muitas expectativas ou devemos pensá-la tal qual a mensagem deixada pelo personagem do Filme "A vida é bela"?
Para este personagem toda a experiência torne-se significativa para o indivíduo que a vive.
Em "A Vida é Bela", ele se posiciona perante ao mundo demonstrando infinitas possibilidades de agir, de criar, de se experimentar frente às situações mais adversas. Ele dá sentido às situações aparentemente mais brutais atribuindo-lhe um valor transcendental.
Para que o indivíduo se lance desta maneira no mar incerto da existência é necessário que este lançamento tenha um sentido.
Qual é o sentido da sua vida?
quinta-feira, março 26, 2009
Postura da Igreja Católica:insanidade, crueldade ou princípios cristãos?
Esta é a foto de uma Mulher segurando preservativos com a imagem do papa Bento XVI e a frase "eu disse não!", em Paris (França - 25/3/2009). Os produtos foram confeccionados para criticar a postura do Pontífice de rejeitar o uso da camisinha para combater a aids em declarações dadas durante sua recente viagem ao continente africano.
Ando a pensar como a igreja católica insiste em se manter fiel a seus dogmas e se posicionar na contramão do que pensam, agem e sentem os seus "fiéis".
Aqui, no Brasil, teve grande repercussão o caso de uma menina de nove anos de idade que foi estuprada pelo padrasto. Por aqui, a Interrupção da gravidez em casos de estupro e risco de vida para a mãe é legalizada. A justiça brasileira, agiu corretamente e fez com que o direito dessa criança fosse garantido, a gravidez foi interrompida.
O que a Igreja católica fez?
Por meio de um de seus representantes num ato desumano e numa tentativa de rechaçar a prática do aborto excomungou a criança estuprada, a sua mãe o médico.
Questionado pela imprensa se o estuprador também merecia excomunhão, o bispo declarou que Não, pois o "estupro é um pecado menor que o interrupimento de uma gravidez"
O que pode levar uma instituição religiosa a desejar obrigar uma menina de nove anos, com risco de sua própria vida, a manter uma gravidez fruto de uma inominável violência?
Rígidos princípios religiosos, insanidade ou crueldade?
Sob o argumento da "defesa da vida", essas pessoas não se importaram em nenhum momento nem com a violência já sofrida pela criança, nem com a possibilidade que havia de a menina perder a própria vida. Se essa menina- detentora de existência real e concreta, com uma história de vida já em curso, relações pessoais, afetos, sentimentos e pensamentos, enfim -, se essa menina não merece ter sua vida protegida, trata-se de defender a vida de quem?
A igreja católica defende a vida ou os seus dogmas?
Existe o princípio da proporcionalidade, o que vale mais? Uma vida em potencial ou uma vida já em curso?
Uma vida em potencial é um conceito, uma abstração, não se concretizou ainda.
Quem tem o direito de condenar à morte uma pessoa em nome de se defender uma possibilidade de vida que ainda não se concretizou e não tem existência própria e autônoma?
Acredito que a postura da Igreja Católica se configurou como pura crueldade e intransigência ao defender seus princípios abstratos e seus valores absolutos que, quando confrontados com a realidade cotidiana, esvaziam-se de sentido e, principalmente, da compaixão cristã.
Nem vou aqui comentar a postura contra o uso de preservativos em tempos de AIDS.
Quanta hipocrisia!
Dessa maneira a igreja só tem perdido os seus ditos fiéis que são cada vez menores.
Felizmente, a menina pernambucana pôde, graças ao respeito a um direito democraticamente conquistado, diminuir os danos das inúmeras violências que sofreu e a gravidez foi interrompida.
Viva o Estado Laico!
Ando a pensar como a igreja católica insiste em se manter fiel a seus dogmas e se posicionar na contramão do que pensam, agem e sentem os seus "fiéis".
Aqui, no Brasil, teve grande repercussão o caso de uma menina de nove anos de idade que foi estuprada pelo padrasto. Por aqui, a Interrupção da gravidez em casos de estupro e risco de vida para a mãe é legalizada. A justiça brasileira, agiu corretamente e fez com que o direito dessa criança fosse garantido, a gravidez foi interrompida.
O que a Igreja católica fez?
Por meio de um de seus representantes num ato desumano e numa tentativa de rechaçar a prática do aborto excomungou a criança estuprada, a sua mãe o médico.
Questionado pela imprensa se o estuprador também merecia excomunhão, o bispo declarou que Não, pois o "estupro é um pecado menor que o interrupimento de uma gravidez"
O que pode levar uma instituição religiosa a desejar obrigar uma menina de nove anos, com risco de sua própria vida, a manter uma gravidez fruto de uma inominável violência?
Rígidos princípios religiosos, insanidade ou crueldade?
Sob o argumento da "defesa da vida", essas pessoas não se importaram em nenhum momento nem com a violência já sofrida pela criança, nem com a possibilidade que havia de a menina perder a própria vida. Se essa menina- detentora de existência real e concreta, com uma história de vida já em curso, relações pessoais, afetos, sentimentos e pensamentos, enfim -, se essa menina não merece ter sua vida protegida, trata-se de defender a vida de quem?
A igreja católica defende a vida ou os seus dogmas?
Existe o princípio da proporcionalidade, o que vale mais? Uma vida em potencial ou uma vida já em curso?
Uma vida em potencial é um conceito, uma abstração, não se concretizou ainda.
Quem tem o direito de condenar à morte uma pessoa em nome de se defender uma possibilidade de vida que ainda não se concretizou e não tem existência própria e autônoma?
Acredito que a postura da Igreja Católica se configurou como pura crueldade e intransigência ao defender seus princípios abstratos e seus valores absolutos que, quando confrontados com a realidade cotidiana, esvaziam-se de sentido e, principalmente, da compaixão cristã.
Nem vou aqui comentar a postura contra o uso de preservativos em tempos de AIDS.
Quanta hipocrisia!
Dessa maneira a igreja só tem perdido os seus ditos fiéis que são cada vez menores.
Felizmente, a menina pernambucana pôde, graças ao respeito a um direito democraticamente conquistado, diminuir os danos das inúmeras violências que sofreu e a gravidez foi interrompida.
Viva o Estado Laico!
terça-feira, dezembro 09, 2008
Dom Casmurro - Machado de Assis.
"...Eu amava Capitu, e Capitu a mim? Realmente, andava cosido às saias dela, mas não me ocorria nada entre nós que fosse deveras secreto. Antes dela ir para o colégio, eram tudo travessuras de criança; depois que saiu do colégio, é certo que não restabelecemos logo a antiga intimidade, mas esta voltou pouco a pouco, e no último ano era completa.
Entretanto, a matéria das nossas conversações era a de sempre. Capitu chamava-me às vezes bonito, mocetão, uma flor; outras pegava-me nas mãos para contar-me os dedos. E comecei a recordar esses e outros gestos e palavras, o prazer que sentia quando ela me passava a mão pelos cabelos, dizendo que os achava lindíssimos. Eu, sem fazer o mesmo aos dela, dizia que os dela eram muito mais lindos que os meus.
Então Capitu abanava a cabeça com uma grande expressão de desengano e melancolia, tanto mais de espantar quanto que tinha os cabelos realmente admiráveis; mas eu retorquia chamando-lhe maluca. Quando me perguntava se sonhara com ela na véspera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonhara comigo, e eram aventuras extraordinárias, que subíamos ao Corcovado pelo ar, que dançávamos na Lua, ou então que os anjos vinham perguntar-nos pelos nomes, a fim de os dar a outros anjos que acabavam de nascer.
Em todos esses sonhos andávamos unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim, apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita vez não passavam da simples repetição do dia, alguma frase, algum gesto. Também eu os contava. Capitu um dia notou a diferença, dizendo que os dela eram mais bonitos que os meus; eu, depois de certa hesitação, disse-lhe que eram como a pessoa que sonhava... Fez-se cor de pitanga.
.... Eu amava Capitu! Capitu amava-me! E as minhas pernas andavam, desandavam, estacavam, trêmulas e crentes de abarcar o mundo. Esse primeiro palpitar da seiva, essa revelação da consciência a si própria, nunca mais me esqueceu, nem achei que lhe fosse comparável qualquer outra sensação da mesma espécie. Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira".
Machado de Assis
Entretanto, a matéria das nossas conversações era a de sempre. Capitu chamava-me às vezes bonito, mocetão, uma flor; outras pegava-me nas mãos para contar-me os dedos. E comecei a recordar esses e outros gestos e palavras, o prazer que sentia quando ela me passava a mão pelos cabelos, dizendo que os achava lindíssimos. Eu, sem fazer o mesmo aos dela, dizia que os dela eram muito mais lindos que os meus.
Então Capitu abanava a cabeça com uma grande expressão de desengano e melancolia, tanto mais de espantar quanto que tinha os cabelos realmente admiráveis; mas eu retorquia chamando-lhe maluca. Quando me perguntava se sonhara com ela na véspera, e eu dizia que não, ouvia-lhe contar que sonhara comigo, e eram aventuras extraordinárias, que subíamos ao Corcovado pelo ar, que dançávamos na Lua, ou então que os anjos vinham perguntar-nos pelos nomes, a fim de os dar a outros anjos que acabavam de nascer.
Em todos esses sonhos andávamos unidinhos. Os que eu tinha com ela não eram assim, apenas reproduziam a nossa familiaridade, e muita vez não passavam da simples repetição do dia, alguma frase, algum gesto. Também eu os contava. Capitu um dia notou a diferença, dizendo que os dela eram mais bonitos que os meus; eu, depois de certa hesitação, disse-lhe que eram como a pessoa que sonhava... Fez-se cor de pitanga.
.... Eu amava Capitu! Capitu amava-me! E as minhas pernas andavam, desandavam, estacavam, trêmulas e crentes de abarcar o mundo. Esse primeiro palpitar da seiva, essa revelação da consciência a si própria, nunca mais me esqueceu, nem achei que lhe fosse comparável qualquer outra sensação da mesma espécie. Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira".
Machado de Assis
domingo, novembro 16, 2008
O para sempre, sempre acaba!
"Quando a paixão acontece é aquela felicidade imensa, aquela certeza de eternidade.
Ah! Como os apaixonados desejam sinceramente que aquela felicidade não tenha fim...
Mas o amor, pássaro, de repente bate asas e voa...
O amor é sentimento, e os sentimentos não podem ser transformados em momentos".
Rubem Alves
Ah! Como os apaixonados desejam sinceramente que aquela felicidade não tenha fim...
Mas o amor, pássaro, de repente bate asas e voa...
O amor é sentimento, e os sentimentos não podem ser transformados em momentos".
Rubem Alves
terça-feira, setembro 02, 2008
Contraste
És belo, és feio.
És certo e errado, tens a riqueza e a fome.
És Cândido, mas tens malícia e violência.
És azul, cinza, verde, amarelo e vermelho.
Tens imensidão de águas e és seco.
Tens negros, brancos, índios, joãos, Marias e Rosas.
Tens o mar azul, o cerrado, a chapada, o sertão e a floresta.
És urbano e rural, tens a agitação e a calma
Te odeio, te idolatro, e não consigo deixar de amar-te!
Em te tenho esperança!
És certo e errado, tens a riqueza e a fome.
És Cândido, mas tens malícia e violência.
És azul, cinza, verde, amarelo e vermelho.
Tens imensidão de águas e és seco.
Tens negros, brancos, índios, joãos, Marias e Rosas.
Tens o mar azul, o cerrado, a chapada, o sertão e a floresta.
És urbano e rural, tens a agitação e a calma
Te odeio, te idolatro, e não consigo deixar de amar-te!
Em te tenho esperança!
domingo, julho 20, 2008
A todas as pessoas que, próximas ou distantes, são minhas amigas!
“Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos.”
Elmer Letterman.
“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências .
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os”.
Do poeta, Vinicius de Morais.
Elmer Letterman.
“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências .
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.
Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.
Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os”.
Do poeta, Vinicius de Morais.
sábado, março 29, 2008
sábado, março 22, 2008
Momentos históricos para as mulheres
Encontrado no site do Diário Catarinense (www.diariocatarinense.com).
A série de slides conta a história do feminismo brasileiro e mundial, do direito ao voto, lançamento do Segundo Sexo de Beauvoir, até os dias atuais.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Con mucho cariñito
Pa'l dolor, pa'l mal de amores
Nada como el repique de mis tambores
Que hay que tirarse a la calle,
dejando atras los problemas
Que como decía mi madre: "bailando todo se arregla".
Nada como el repique de mis tambores
Que hay que tirarse a la calle,
dejando atras los problemas
Que como decía mi madre: "bailando todo se arregla".
terça-feira, novembro 13, 2007
A vida é assim
Vejam como é a vida:
no mesmo dia em que a passoa, a qual você estava em constante contato te despreza, logo na frente você reencontra outra, a qual você estava distante, mas que nunca deixou de te valorizar.
Cada dia uma lição. A lição de hoje foi que percebi que só as pessoas que realmente te amam são as que te valorizam.
Hoje, aprendi, também, que nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio.
Obrigada amiga!
Você é que é maravilhosa, eu é que sou grata por fazeres parte da minha vida!
no mesmo dia em que a passoa, a qual você estava em constante contato te despreza, logo na frente você reencontra outra, a qual você estava distante, mas que nunca deixou de te valorizar.
Cada dia uma lição. A lição de hoje foi que percebi que só as pessoas que realmente te amam são as que te valorizam.
Hoje, aprendi, também, que nosso primeiro e último amor é... o amor-próprio.
Obrigada amiga!
Você é que é maravilhosa, eu é que sou grata por fazeres parte da minha vida!
segunda-feira, outubro 29, 2007
O que dizer do Juiz Mineiro (Cabra Macho) que se negou a aplicar a lei "Maria da Penha"??
Sempre procurei estudar para não ficar presa as minhas idiossincrasias.
Uma das coisas mais impotantes que aprendi foi que as atribuições sociais para "homens" e "mulheres" não são inatas, mas produto do abritrário sócio-cultural.
Se entendermos que os gêneros não são naturias, mas sim formados no âmbido das relações sociais e que estas são pemeadas pelo poder, isto amplia a nossa visão para entedermos que "homens" ou "mulheres" não têm que seguir a um determinado modelo que foi convencionado. E melhor, esse binarismo, também, é uma construção, pois entre um pólo e outro existe a diversidade: gays, lésbicas, transgêneros, travertis etc.
Assim passamos a pecebecer que os sujeitos/as são fluidos/as, os gêneros são relacionais e estão sempre em construção. Desta forma, admitimos que eles/as têm potencialidades para serem o que bem quiserem e, então, evitamos os preconceitos e não inibimos as potencialidades humanas.
Mas, infelizmente nem todos estudaram o suficiente para entender isto!
O que não é admissível é que um juiz, um cara que era para afirmar a justiça, não tenha o mínimo de educação para rever as suas idiossincrasias. Um cara que era para ser "servo" da justiça não devia ter uma visão limitada.
Como um juiz pode se negar a aplicar a lei Maria da penha alegando que a "desgraça da humanidade começou no Éden"? Logo, seriam "as mulheres culpadas pelo pecado original"! ???
"Éden" (hehehe): as construções de atribuições de "homens" e "mulheres" começaram por aí.
Logo, podemos deduzir que segundo a visão desse juiz as mulheres devem apanhar dos cabra macho porque foram as "culpadas por eles terem sidos expulsos do paraíso"???
O ilustre juiz só pode é mesmo ter nascido da costela de outro homem.
Na verdade o que parece incomodar ao Sr. Dr. juiz é algo muito mais que as representações biblicas de "homens" e "mulheres". O que lhe parece ser iconcebível é a eqüidade de direitos entre "mulheres" e "homens". O que muito o incomoda é que os homens tenham os seus poderes questionados.
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.
O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia que foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo deixando-a paraplégica e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.
Agora eu me espanto e pergunto em que mãos estamos?
Que profissional é esse? Onde foi que ele se formou? O que será que ele anda lendo?
Uma das coisas mais impotantes que aprendi foi que as atribuições sociais para "homens" e "mulheres" não são inatas, mas produto do abritrário sócio-cultural.
Se entendermos que os gêneros não são naturias, mas sim formados no âmbido das relações sociais e que estas são pemeadas pelo poder, isto amplia a nossa visão para entedermos que "homens" ou "mulheres" não têm que seguir a um determinado modelo que foi convencionado. E melhor, esse binarismo, também, é uma construção, pois entre um pólo e outro existe a diversidade: gays, lésbicas, transgêneros, travertis etc.
Assim passamos a pecebecer que os sujeitos/as são fluidos/as, os gêneros são relacionais e estão sempre em construção. Desta forma, admitimos que eles/as têm potencialidades para serem o que bem quiserem e, então, evitamos os preconceitos e não inibimos as potencialidades humanas.
Mas, infelizmente nem todos estudaram o suficiente para entender isto!
O que não é admissível é que um juiz, um cara que era para afirmar a justiça, não tenha o mínimo de educação para rever as suas idiossincrasias. Um cara que era para ser "servo" da justiça não devia ter uma visão limitada.
Como um juiz pode se negar a aplicar a lei Maria da penha alegando que a "desgraça da humanidade começou no Éden"? Logo, seriam "as mulheres culpadas pelo pecado original"! ???
"Éden" (hehehe): as construções de atribuições de "homens" e "mulheres" começaram por aí.
Logo, podemos deduzir que segundo a visão desse juiz as mulheres devem apanhar dos cabra macho porque foram as "culpadas por eles terem sidos expulsos do paraíso"???
O ilustre juiz só pode é mesmo ter nascido da costela de outro homem.
Na verdade o que parece incomodar ao Sr. Dr. juiz é algo muito mais que as representações biblicas de "homens" e "mulheres". O que lhe parece ser iconcebível é a eqüidade de direitos entre "mulheres" e "homens". O que muito o incomoda é que os homens tenham os seus poderes questionados.
A Lei Maria da Penha foi sancionada em 7 de agosto de 2006 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva; dentre as várias mudanças promovidas pela lei está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.
O nome da lei é uma homenagem a Maria da Penha Maia que foi agredida pelo marido durante seis anos. Em 1983, por duas vezes, ele tentou assassiná-la. Na primeira com arma de fogo deixando-a paraplégica e na segunda por eletrocução e afogamento. O marido de Maria da Penha só foi punido depois de 19 anos de julgamento e ficou apenas dois anos em regime fechado.
Agora eu me espanto e pergunto em que mãos estamos?
Que profissional é esse? Onde foi que ele se formou? O que será que ele anda lendo?
sexta-feira, outubro 26, 2007
sábado, setembro 01, 2007
segunda-feira, agosto 27, 2007
Um dia feliz às vezes é muito raro!
Hoje estou tão nostálgica.
Estava aqui lembrando o tempo em que vive no Rio de Janeiro. De repente parece que está passando o filme do meu passado bem na minha frente.
Foi incrível como chutei o balde, larguei tudo aqui e fui ...
Tenho saudades das minhas amigas: A Dulce, a Fernanda, a Luciana, a Dedei. Também sinto saudade dos meus "irmãos" Marcelo, João e o Paulinho.
E lembro também do Marco: como ele era parecido comigo! Com a gente era tudo aqui e agora, nada de deixar para depois. Como era tudo tão simples, extremamente fácil!
Estava aqui lembrando o tempo em que vive no Rio de Janeiro. De repente parece que está passando o filme do meu passado bem na minha frente.
Foi incrível como chutei o balde, larguei tudo aqui e fui ...
Tenho saudades das minhas amigas: A Dulce, a Fernanda, a Luciana, a Dedei. Também sinto saudade dos meus "irmãos" Marcelo, João e o Paulinho.
E lembro também do Marco: como ele era parecido comigo! Com a gente era tudo aqui e agora, nada de deixar para depois. Como era tudo tão simples, extremamente fácil!
quinta-feira, agosto 23, 2007
A B I S M O
Não há precipícios na vertigem do amor
Só descobre isso
quem se jogou.
Não sou eu que me faço voar
o amor é que me voa
E atravessa o vazio entre nós
pra te dar a mão.
.... O meu amor é um passo de fé no abismo, só se joga quem ama.
Só descobre isso
quem se jogou.
Não sou eu que me faço voar
o amor é que me voa
E atravessa o vazio entre nós
pra te dar a mão.
.... O meu amor é um passo de fé no abismo, só se joga quem ama.
sexta-feira, julho 20, 2007
sexta-feira, maio 11, 2007
?Deus?
V
...
Não acredito em Deus porque nunca o vi...
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e o sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvoes e as flores
E os montes e o luar e sol,
porque lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e mosntes e sol e luar;
porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e àrvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que o conheça
Como àrvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso obedeço-lhe,
(que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda hora.
IV
Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos
por isso se nos não mostrou...
Sejamos simples e clamos.
como os regatos e as árvores,
E Deus amar-nos-á fazendo de nós
Belos como as árvores e os regatos,
E dar-nos-á verdor na sua primavera,
E um rio aonde ir e ter quando acabemos...
e não nos dará mais nada, porque dar-nos mais
seria tirar-nos mais.
In: O Guardador de Rebanhos. Alberto Caeiros (Fernando Pessoa).
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