Em alguns países da África existe a tradição de se retirar partes dos órgãos sexuais femininos como parte do ritual de passagem da infância para a idade adulta. A extensão do procedimento varia entre diferentes tribos, indo de retirada do clitóris até remoção completa dos pequenos e grandes lábios. Os defensores da prática justificam sua posição baseados nos relativismos culturais. Ela seria uma tradição tribal, o preço que as mulheres pagariam para se integrar à sociedade local, e que deve-se respeitar o direito de auto-determinação de diferentes culturas – quem somos nós para dizer o que é certo ou errado? Aqueles que defendem a luta pelo fim da mutilação/circuncisão feminina consideram que tal prática viola a integridade física de meninas ainda incapazes de dizer não ou mesmo de entender o suficiente para dar permissão para o procedimento. Há também o argumento de que essa mutilação tem como finalidade o maior controle dos homens sobre as mulheres – aparentemente a mutilação também aumenta o prazer do macho no ato sexual. Um fato é certo: mulheres submetidas a mutilação ‘valem’ mais na hora do arranjo matrimonial nessas comunidades. Observando tais posições antagônicas encontrei em um site o que dizia o Dr Erick Messias e achei bem interessante o que ele disse:
“Podemos tentar chegar ao meio termo aristotélico e evitar extremismos. Tomemos um exemplo citado por meu colega Ikunga numa dessas discussões acerca de conflitos culturais. Uma das diferenças fundamentais entre as duas principais tribos da Nigéria - os Ibu e os Yoruba - era a reação ao nascimento de gêmeos. Os Ibu consideravam-nos demônios e o segundo gêmeo era sacrificado logo ao nascer. Entre os Yoruba gêmeos eram considerados uma benção e considerados quase divindades. Com o contato entre as duas culturas os Ibu assimilaram a atitude mais amena em relação aos gêmeos, e hoje aceita sua ocorrência com naturalidade. Assim diferentes culturas interagem transformando-se e influenciando-se mutuamente.”
quarta-feira, março 08, 2006
sexta-feira, março 03, 2006
Esperança da Mulher
Já estamos em março e aproxima-se a data dedicada às mulheres.
Qual é a esperança da mulher?
A mulher aspira pelo dia em que a humanidade alcançar a igualdade social entre os gêneros,
o dia em que forem aniquildadas as dicotomias entre os gênero, onde um exclui o outro, dicotomias que limitam as potencialidade humanas.
Uma lição básica que aprendi é que o sujeito se constrói dentro de um sistema de significados e de representações culturais, as quais se constroem marcadas por relações de poder. Portanto, parafraseio a célebre Simone de Beauvoir "Não se nasce mulher, torna-se mulher" (1949).
Percebo que somos seres racionais e tudo o que somos é aprendido segundo os moldes de nossa cultura, ser masculino ou ser feminino é uma construção social.
Qual é a esperança da mulher?
A mulher aspira pelo dia em que a humanidade alcançar a igualdade social entre os gêneros,
o dia em que forem aniquildadas as dicotomias entre os gênero, onde um exclui o outro, dicotomias que limitam as potencialidade humanas.
Uma lição básica que aprendi é que o sujeito se constrói dentro de um sistema de significados e de representações culturais, as quais se constroem marcadas por relações de poder. Portanto, parafraseio a célebre Simone de Beauvoir "Não se nasce mulher, torna-se mulher" (1949).
Percebo que somos seres racionais e tudo o que somos é aprendido segundo os moldes de nossa cultura, ser masculino ou ser feminino é uma construção social.
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